O convívio social sempre foi tema de muitas reflexões. Existem dificuldades reais para se lidar com as expectativas sociais da família, dos amigos, dos colegas de trabalho, nos diversos ambientes que frequentamos e nos papeis sociais que representamos. Conviver, segundo o dicionário Michaelis significa: “relacionar-se amigavelmente ou dar-se bem com outras pessoas”. Sabemos que nem sempre é assim.
Por outro lado, o isolamento social vivenciado durante a pandemia trouxe angústias e alterações para a saúde mental. A mudança brusca nas rotinas e a necessidade de cumprir os protocolos de distanciamento foram desafios que acabaram por afetar bastante nossas emoções. Neste sentido, muitas pessoas acabaram desenvolvendo ou mesmo intensificando a chamada ansiedade social.
Ansiedade social – o que é?
Também chamada de fobia social, é um transtorno de ansiedade no qual as interações sociais cotidianas causam ansiedade irracional, constrangimento, desconforto, entre outros. Os sintomas se relacionam a um medo excessivo de situações em que a pessoa possa se sentir julgada, constrangida ou humilhada ou ainda com receio de estar ofendendo alguém.
A ansiedade social, especificamente após a pandemia, pode gerar na pessoa um pavor avassalador ao realizar ações como: se vestir para determinadas situações, sentir insegurança sobre como agir ou o que dizer em encontros sociais. Fisicamente, a ansiedade social pode desencadear um aumento da frequência cardíaca, sentimentos de pânico e falta de ar.
A importância do convívio social
A manutenção dos relacionamentos familiares, sociais e afetivos, e as trocas interpessoais são essenciais para o bem-estar e a qualidade de vida de pessoas de todas as idades. Os vínculos afetivos formados com outras pessoas são importantes para que o indivíduo possa se sentir seguro, integrado e pertencente ao seu grupo social.
Muitas pessoas viveram e ainda vivem um grande sofrimento emocional decorrente da pandemia, justamente pelas privações nas relações, tanto aquelas com pessoas mais próximas, quanto outras relações com colegas de trabalho e amigos distantes geograficamente, por exemplo.
Dicas para a volta ao convívio social
Fale sobre isto. Pode ser útil confiar em alguém e contar sobre como você está se sentindo. Ao falar sobre a dificuldade da volta ao convívio social, você poderá se sentir melhor.
Frequente lugares calmos. Tente ir voltando ao convívio de forma gradual. Estar ao ar livre por algum tempo, respirar profundamente, e ter momentos fora de casa sozinho, também o ajudarão a se readaptar à presença cada vez maior de pessoas.
Informalidade em alguns momentos. Se você tem dificuldade para lidar com situações mais formais, como situações de trabalho, eventos e reuniões presenciais, tente deixar a conversa mais informal. Pergunte às pessoas, por exemplo, sobre como se sentem em relação ao trabalho no escritório.
Seja gentil consigo mesmo. Vivenciamos tanta incerteza nos últimos dois anos que a ansiedade social ficou “normal”. Então, seja paciente consigo mesmo, enquanto aprende a viver neste novo mundo. Se você está enfrentando o seu medo, ao invés de se afastar dele, está fazendo um ótimo trabalho!
Procure ajuda, caso necessário. Se você sentir que não está conseguindo fazer suas atividades diárias, ou se sentir que os sintomas como ansiedade e medo persistem com o tempo, procure ajuda. O Instituto de Psiquiatria Paulista está pronto para apoiá-lo em momentos como este. Navegue em nosso site e marque uma consulta, caso sinta necessidade.