Perda frequente da memória recente, mudanças de humor, falta de atenção e irritabilidade são alguns dos sintomas iniciais da Doença de Alzheimer e que muitas vezes passam despercebidos, dificultando o diagnóstico precoce, que é extremamente importante para retardar a sua evolução que pode até levar à morte.
O Alzheimer ainda não tem cura, mas existem tratamentos eficazes que podem prolongar a vida e o bem-estar do paciente. Também existem estudos promissores com algumas drogas que obtiveram sucesso na reversão da doença em testes com animais.
O que é o Alzheimer, como ele se manifesta e quais seus sintomas?
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva, ou seja, ela provoca danos à cognição e à memória de curto prazo sendo que esses danos vão crescendo ao longo do tempo, de forma irreversível.
Existem algumas hipóteses sobre as causas do Alzheimer, mas não há uma certeza. No entanto, ele incide em idosos e ocorre com mais frequência em pessoas com histórico na família.
A doença de Alzheimer possui 4 fases, iniciando pela pré-demência, evoluindo ao estágio inicial, depois intermediário e, então, avançado. Na fase de pré-demência, os sintomas depressivos como irritabilidade, apatia e perda de memória e atenção leve, costumam aparecer. Por isso é tão importante prestar atenção nestes sintomas em pessoas mais velhas, para que se consiga realizar o diagnóstico de depressão no idoso, também comum, ou de Alzheimer.
De acordo com a evolução, o paciente vai tendo mudanças comportamentais à medida que a sua perda de memória se agrava, em que eventos recentes são facilmente esquecidos. Então, chega-se ao estágio em que até mesmo as necessidades básicas de higiene ficam comprometidas.
Quais os tratamentos disponíveis para o Alzheimer?
Atualmente, os tratamentos disponíveis para o Alzheimer servem para atrasar a evolução da doença e melhorar o bem-estar do paciente. Com isso, medicamentos que agem diretamente na capacidade cognitiva podem ser combinados com antidepressivos e ansiolíticos, por exemplo.
Além disso, mudanças no estilo de vida são bastante importantes. A alimentação deve ser levada em conta, com boa ingestão de vitaminas que sejam importantes para a cognição. Atividades manuais e que estimulem o cérebro como os passatempos tradicionais também são recomendadas. Atividade física leve também é importante. A melhor combinação de tratamento vai depender de acordo com o diagnóstico médico.
Tanto no diagnóstico tanto no tratamento, os médicos que têm bastante participação nestes processos são o geriatra, neurologista e psiquiatra.
As novidades da ciência para a cura do Alzheimer
Existem alguns medicamentos e terapias que estão sendo testados e que já estão em utilização que tem uma capacidade promissora para o tratamento efetivo e até cura do Alzheimer.
Entre as descobertas científicas, destacam-se a utilização de células tronco, de um medicamento utilizado para o tratamento da asma e também de hormônios.
As células-tronco são bastante eficazes em tratamentos de doenças imune-inflamatórias como o Alzheimer, justamente pela capacidade de transformação em diversos tipos celulares, sendo neste caso, úteis para combater o excesso de uma proteína cerebral que possui relação com o Alzheimer.
Testes em camundongos representaram um bom avanço na busca para a cura do Alzheimer com uma droga utilizada no combate à asma, o Zileuton. Nos testes, essa droga inibiu a produção de leucotrienos – produzidos por uma ação natural para proteção de células nervosas no início da demência, mas que, a longo prazo, é prejudicial. Nos camundongos, houve uma redução de 90% dos leucotrienos, o que resultou no desaparecimento completo da inflamação cerebral e na reversão de danos.
Na USP em parceria com o ICB, a esperança vem através do hormônio ouabaína, que tem um papel fundamental na regressão dos processos inflamatórios gerados por doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e o Parkinson. Apesar de os testes estarem em fases iniciais e haver um longo caminho a ser percorrido, é mais uma esperança para o tratamento.
Além desses avanços da ciência que ainda não chegaram aos humanos, existe a possibilidade da cirurgia de estimulação cerebral profunda, através da qual implanta-se um eletrodo neuroestimulante no cérebro do paciente com Alzheimer. Este tratamento que é bastante promissor e que já vem sendo feito até mesmo no Brasil, permite que a doença seja estabilizada e que até alguns sintomas regridam, sendo mais uma possibilidade no caminho para a cura do Alzheimer.
Comece a prevenir-se agora!
As novidades são promissoras e é provável que no futuro a cura do Alzheimer já esteja bem próxima. No entanto, existem algumas atitudes que podemos tomar agora para ajudar a evitar o aparecimento dessa doença no futuro.
Além do fator genético que não temos controle sobre, os comportamentos alimentares ruins, sedentarismo e falta de estímulo cerebral estão entre os fatores que podem levar ao surgimento do Alzheimer. Portanto, praticar o autocuidado é importante desde cedo. Portanto, cuide da sua saúde!