Manter a nossa saúde é um processo complexo que envolve diversos fatores, desde ter acesso a uma alimentação balanceada, boas noites de sono, boas condições de trabalho, vínculos afetivos fortalecidos, prática regular de atividades físicas, entre outros exemplos.
Nesse contexto, o autocuidado é fundamental para nos guiar nesse processo. Diferentemente do que o senso comum pode dizer, autocuidado não é egoísmo, mas implica a cada pessoa reconhecer os seus próprios limites (físicos, mentais e emocionais) e colocá-los para as outras pessoas a fim de preservar a própria saúde, promovendo mais qualidade de vida e estando de acordo com os seus objetivos, interesses e desejos. O egoísmo é quando uma pessoa coloca seus interesses e necessidades acima, desrespeitando o bem-estar das pessoas ao seu redor.
Vantagens
Além de promover qualidade de vida, o autocuidado fortalece a autoestima e o autoconhecimento, já que reconhecemos as nossas necessidades, desejos e limites e buscamos atendê-los. Ao reconhecer nossos pontos fortes e aqueles que precisamos melhorar, podemos lidar melhor com os desafios cotidianos de forma mais confiante e centrada.
O autocuidado também promove a sensação de bem-estar físico e mental, já que, ao praticá-lo, realizamos atividades e mantemos hábitos que nos proporcionam bem-estar. Por fim, o autocuidado abre espaço para a criatividade e reduz dores, ansiedade e cansaço.
Tipos de autocuidado
Existem diferentes tipos de autocuidado. Um deles é o físico, que envolve diferentes hábitos como manter uma boa rotina de sono, uma alimentação balanceada e nutritiva, prática regular de exercícios físicos e tomar banho de sol diariamente (cuja luz estimula a produção de dopamina, considerada o hormônio da felicidade).
Sem esses hábitos, aumentam as chances de ter sintomas e enfermidades físicas como dores nas costas, nas articulações, no estômago, na cabeça, indisposição, sensação de cansaço extremo, aumento da pressão arterial, entre outros impactos.
Outro tipo de autocuidado fundamental é o emocional, o que exige estar conectado com as próprias emoções para reconhecê-las e compreender por que elas foram geradas e como lidar com elas de forma adequada.
O autocuidado emocional não significa reprimir emoções mais desafiadoras como a raiva, o medo e a tristeza, mas acolher cada uma delas e enxergá-las como uma ferramenta necessária para lidar com os desafios de cada momento da vida.
Para desenvolver o autocuidado emocional, é preciso manter o diálogo consigo mesmo, praticar o autoperdão e a autocompaixão, aprender a reconhecer os próprios limites e necessidades e filtrar as demandas externas (falando “não” quando elas ultrapassam seus limites físicos, mentais e emocionais), manter o vínculo com pessoas queridas, praticar atividades criativas como escrever, pintar, dançar, costurar, tocar um instrumento musical, aprender um novo idioma, entre outros exemplos. Manter um diário é importante para você acompanhar as variações emocionais e acompanhar como você lidou com os problemas.
Quem é adepto de determinada religião ou espiritualidade, pode manter o autocuidado espiritual através de uma rotina de oração, conexão com a natureza, meditação e atividades com outras pessoas com quem se compartilha essa espiritualidade.
Vale lembrar que o autocuidado envolve também o contexto em que cada pessoa está inserida e pode se expressar de diferentes formas para cada uma delas. Assim, não há um manual de autocuidado, mas algumas sugestões que cada pessoa deve verificar e adaptar para as suas condições de vida.
Se você sente que não consegue manter práticas de autocuidado em seu cotidiano e percebe prejuízos para a sua saúde física, psíquica e emocional, é importante procurar ajuda para que esses sintomas não se intensifiquem e provoquem problemas mais graves. Você pode marcar uma consulta online através do nosso site e contar com o apoio de profissionais qualificados e experientes.