As ferramentas tecnológicas fazem parte do nosso cotidiano, sendo muito importantes para os estudos, o trabalho, a recreação, a conexão entre os seres humanos, entre outros. A hiperconectividade se caracteriza pela interação constante com os recursos tecnológicos, o que cria um ciclo de necessidade de se estar sempre conectado à tecnologia.
O hábito de checar constantemente os dispositivos tecnológicos, como os telefones celulares, é cada vez mais comum. Isto acontece para o acompanhamento das redes sociais, a interação com os amigos e para outras atividades realizadas no mundo digital.
O comportamento no mundo hiperconectado
É bastante comum que os adolescentes e os jovens troquem o mundo real pelo virtual. Eles acabam se isolando, até mesmo dos familiares, priorizando sempre as atividades nas redes sociais, para a sua comunicação com os amigos, para a diversão em jogos, para saber notícias, entre outras atividades.
Quem se acostuma a estar sempre na internet busca incessantemente novas interações e informações, ou seja, costuma conferir os dispositivos e redes sociais constantemente. Este hábito aumenta a ansiedade e a irritabilidade da pessoa, que está a todo momento procurando novidades. E é algo que acontece de forma muito intensa na fase infanto-juvenil, mas que também tem afetado os adultos e os idosos.
A tecnologia e o déficit de atenção
O uso exagerado da tecnologia também impacta a concentração e a atenção. O ambiente virtual naturalmente é muito dinâmico e com muitos estímulos. A hiperconectividade acaba por gerar um desequilíbrio cognitivo, potencializando os transtornos de atenção, obsessivos, de ansiedade, criando problemas com a linguagem e a comunicação em crianças e adolescentes. Tudo isto afeta diretamente o processo de aprendizagem.
Em adultos, os transtornos de atenção podem gerar frequentes mudanças de emprego, dificuldade de se manter engajado em um projeto, dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos, baixa autoestima, abuso de álcool e drogas, envolvimento em brigas, entre outros problemas.
Outros sintomas comuns de quem está estressado – devido aos muitos estímulos tecnológicos presentes atualmente – são: fuga de responsabilidade, isolamento, desvio de foco, angústia, e desinteresse por coisas “ditas banais”, como uma conversa face a face com um amigo.
Usando a tecnologia a seu favor
Pode parecer óbvio, mas a principal ação a ser feita para manter o foco e a atenção em algo é eliminar possíveis distrações que tiram a atenção da atividade que está sendo executada. É necessário usar, com moderação, as redes sociais, pois elas são uma grande distração capaz de interromper suas atividades por muito tempo. Faça o exercício de verificar quanto tempo você passa observando as redes sociais e interagindo com outras pessoas através delas!
Tenha em mente que existem muitas soluções da própria tecnologia, que são gratuitas e ajudam a gerenciar atividades. As ferramentas e sistemas de apoio devem dar suporte ao seu desempenho, e não atrapalhá-lo na manutenção do foco! Procure saber, em sites especializados, sobre aplicativos que possam auxiliá-lo em sua rotina.
De forma geral, lembre-se que se desconectar da internet, ter momentos de pausa, usar conscientemente celulares e outras telas (como TV e computador) são importantes para a saúde e o bem-estar. Caso esteja com dificuldade e entenda que isto possa ter se tornado uma dependência é importante buscar tratamento com psicoterapia ou também ter a ajuda de um psiquiatra.
Nós do Instituto de Psiquiatria Paulista temos experiência no diagnóstico de diversos transtornos e estamos à sua disposição. Caso sinta necessidade, entre em contato conosco e agende uma consulta através do nosso site.