Ambos os transtornos são prejudiciais ao indivíduo, mas um possui o diagnóstico mais complicado e traz mais riscos. Saiba qual e por quê.
Apesar de esses nomes não serem muito populares, a depressão bipolar e a unipolar sempre acabam surgindo nas rodas de conversa, mesmo que de forma pejorativa e desrespeitosa. Afinal, quem nunca ouviu alguém falando que fulano era bipolar ou fulana depressiva simplesmente por determinados comportamentos que o desagradava?
Justamente: a depressão bipolar é o mesmo que o transtorno bipolar e a depressão unipolar é conhecida como transtorno depressivo maior, ou apenas como as pessoas chamam: depressão.
Para diferenciar bem esses dois transtornos mentais, é necessário saber como eles agem no cérebro, seus sintomas e consequências e quais os tratamentos. Vamos lá?
A depressão bipolar ou transtorno bipolar
Para fins de entendimento, vamos tratar a depressão bipolar como transtorno bipolar neste texto. Este transtorno costuma se manifestar no indivíduo em duas fases: a de mania e a de depressão. Essas fases alternam-se entre períodos que podem variar de semanas a meses. Tanto que antigamente, a nomenclatura utilizada para esses casos era a do ‘maníaco-depressivo’.
Quais as diferenças entre a fase de mania e a de depressão?
Quando em mania, o indivíduo costuma ficar muito agitado, hiperativo, tanto fisicamente quanto mentalmente. Sua necessidade de sono diminui e sua libido aumenta, bem como sua impulsividade e disposição à impaciência e irritabilidade. Delírios também podem surgir nessa fase.
Já quando na fase depressiva, justamente o contrário acontece, junto com um apelo pelo isolamento, alterações do sono, redução da libido, apatia, desinteresse pela vida e até ideação suicida (vontade de se matar).
A depressão unipolar ou transtorno depressivo maior
Já a depressão unipolar, que vamos chamar apenas de depressão neste texto, é quando o indivíduo apresenta, por semanas seguidas, sintomas como: desregulação do sono e no apetite tanto para mais quanto para menos, perda de libido e desinteresse por atividades antes prazerosas, dificuldade de concentração e atenção, sentimento de culpa, falta de energia e até mesmo pensamentos suicidas.
Um desafio entre semelhanças e diferenças
Apesar de alguns sintomas semelhantes entre o transtorno bipolar e a depressão, bem como o tipo de diagnóstico e tratamento, geralmente o transtorno bipolar é visto como mais ‘perigoso’ de acordo com as estatísticas.
Cerca de 19,9% dos pacientes que possuíam transtorno bipolar tentaram cometer suicídio, contra 9,5% dos que tinham depressão severa em um estudo da Bipolar Disorders. Além disso, o diagnóstico do transtorno bipolar costuma ser mais difícil, pois deve ser feito através da exclusão de outras doenças, como se faz no caso da esquizofrenia.
Ambas as doenças são tratáveis com a ajuda de um psiquiatra, que também é o médico responsável pelo diagnóstico. Ele orientará o uso dos medicamentos necessários para contenção dos sintomas e tratamento da doença. Em alguns casos com bipolaridade, o tratamento apenas com antidepressivos pode ser prejudicial, aumentando os riscos da doença. Nesses casos, o uso de antipsicóticos pode ser necessário. Daí a importância do diagnóstico correto da doença e do acompanhamento médico adequado.
Informação ajuda a combater os transtornos mentais
Tanto o transtorno bipolar quanto a depressão causam prejuízos à vida de quem os desenvolve. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores os resultados do tratamento. Por isso, consumir informações de qualidade acerca dos transtornos mentais e ficar atento a si mesmo continua sendo uma boa forma de autocuidado.
Justamente para ajudar você nisso, queremos convidá-lo a fazer dois testes: o Quiz do Autocuidado, em que você saberá se está fazendo o que é necessário para manter-se saudável e o outro é o Teste da Saúde Emocional. Neste, vamos conseguir perceber se você pode enfrentar algum transtorno ou se está tudo certo. Vamos começar com esses pequenos passos?
Ah, e se precisar da gente, é só chamar.