Ansiedade: tudo sobre o novo mal do século
Confira todos os detalhes sobre a depressão, entre causas, sintomas, tratamentos novos, quem pode ser atingido mais informações importantes acerca do tema.
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Hoje muito se fala sobre a ansiedade e as complicações que ela traz para a vida cotidiana do indivíduo. Sentimento de paralisação e incapacidade de realização de tarefas simples são comuns em indivíduos que apresentam esse transtorno.
No entanto, poucas pessoas entendem que a ansiedade é uma reação natural do corpo e que, até certo ponto, é benéfica. O problema é quando ela perde o controle e começa a interferir na capacidade deliberativa do indivíduo.
Para entendermos melhor o limiar entre o sentimento de ansiedade, estar ansioso e sofrer de transtorno de ansiedade, vamos explorar a fundo o tema neste texto. Você vai saber quais os sintomas, causas e consequências desse mal do século e o que pode fazer para tratar a ansiedade. Vamos lá?
A ansiedade é uma reação natural do corpo, desencadeada em momentos de tensão ou estresse. Essa reação caracteriza-se por sintomas cognitivos e físicos, dentre eles o medo, estado de alerta e fuga, respiração acelerada, pelos ouriçados, taquicardia e suor.
Há muito tempo, na época dos nossos ancestrais, essa reação era bastante lógica, pois o perigo sobre a vida era iminente e o corpo se preparava para fugir fisicamente de uma ameaça próxima. Hoje em dia, no entanto, as ameaças são outras e vão desde eventos sociais e apresentações até compromissos de trabalho ou faculdade. Com isso, essa reação natural do corpo parece não fazer sentido, pois não nos ajuda a combater o problema que se apresenta. Ou seja, a nossa sociedade evoluiu e a reação do nosso corpo ainda não, portanto, é preciso conhecimento para reconhecer e trabalhar com essa reação da melhor forma.
É importante salientar que a ansiedade pode ser um sintoma ou uma manifestação de transtornos mentais como o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), estresse pós-traumático, depressão, síndrome do pânico, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), entre outros. O que vai diferenciar a ansiedade de seu transtorno maior ou da associação com outra doença é a intensidade de manifestação e frequência.
Portanto, sentir ansiedade na antecipação de eventos, compromissos ou outras situações é normal. Já quando esse sentimento é insistente ao longo de meses, em situações diversas e paralisa o indivíduo, impedindo-o da realização de tarefas cotidianas, faz-se necessária a busca por ajuda médica.
Os sintomas de ansiedade são bastante característicos e não muito difíceis de serem notados, justamente por trazerem uma manifestação física. Inclusive, há pessoas que buscam um cardiologista, por exemplo, por receio que haja algo errado com o seu coração (o que pode gerar ainda mais ansiedade), por não saberem que este é um sintoma característico desse estado.
No entanto, a ansiedade apresenta-se em diferentes sintomas, que podem ser divididos em 4 grupos para melhor observação e entendimento:
Uma pessoa que está em estado de ansiedade crônica, pode experienciar alguns desses sintomas diariamente, de forma concomitante. Além disso, pode ter crises de ansiedade, nas quais os sintomas físicos ficam ainda mais aparentes, em uma crise que se retroalimenta, tendo em vista que o reconhecimento dos sintomas gera ainda mais medo e preocupação.
Cada pessoa possui uma forma de enxergar e lidar com o mundo. Do mesmo modo, existem coisas que causam maior preocupação em algumas pessoas do que em outras. Por isso, a causa da ansiedade pode ser diferente de pessoa para pessoa.
A predisposição genética é um fator a ser considerado, mas os fatores ambientais e a capacidade emocional de resposta ao próprio ambiente e aos seus desafios são bastante decisivos na relação controle de ansiedade e indivíduo. Compromissos, trabalho, faculdade e até relações sociais podem ser cruciais para situações de ansiedade extrema.
Por exemplo: em um ambiente de trabalho onde haja muita pressão e pessoas ansiosas, pode ser que isso influencie você de alguma forma que, quando você se perceba, está apresentando sintomas de ansiedade de forma mais frequente. Se a sua capacidade de resposta àquele ambiente estiver preservada, você encontrará meios para subverter a situação. Caso contrário, pode entrar naquele fluxo sem se dar conta. A família também pode propiciar um ambiente que estimule ou mitigue reações ansiosas.
É importante lembrarmos que a ansiedade está associada a um gatilho mental que a desencadeia. Quando há alguma situação específica estressante, esse gatilho é disparado, dando espaço ao estado ansioso. Portanto, o indivíduo precisa modificar os gatilhos ou desenvolver o controle sobre aquela situação, seja por mudanças comportamentais ou com a ajuda de medicamentos. É bom salientar que os medicamentos são utilizados sempre de forma temporária, como uma ponte, e não devem ser vistos como única solução para o problema.
Logo, a observação pessoal vai conseguir direcionar o seu pensamento para decifrar quais são os seus gatilhos e que áreas precisam de mudanças para o controle da ansiedade.
Como falado até então, a ansiedade é um estado que faz parte da nossa vida, mas que também pode estar presente em outros transtornos ou apresentar-se na forma da TAG – Transtorno de Ansiedade Generalizada.
Quando isso ocorre, o medo e a preocupação são constantes e a pessoa vive em um estado de alerta permanente. Ou seja, aquele nível de ansiedade que seria considerado saudável e que ajudaria a pessoa a ter impulso para realizar suas atividades, passa dos limites e começa a provocar uma exaustão no corpo e na mente do indivíduo.
Como principais sinais disso, vem a dificuldade para parar de se preocupar (desviar o foco), irritabilidade (reações sempre à flor da pele), cansaço físico e mental extremo (proveniente da constante atividade ansiosa) e problemas de sono (dificuldade para dormir ou sono insatisfatório, muitas vezes acordando já cansado). Para ser considerado TAG, esses sintomas são constantes durante, no mínimo, 4 ou 6 meses.
Nesse caso, a busca pela ajuda do psiquiatra torna-se necessária, para a realização do diagnóstico correto e início do tratamento. Com isso, ajustes através da conduta do paciente e prescrição de medicamentos vão ajudar que essa ansiedade seja controlada, para que as atividades normais do indivíduo não sejam prejudicadas.
O diagnóstico de qualquer transtorno relacionado à ansiedade, inclusive do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), é realizado pelo psiquiatra.
Ao perceber sintomas de ansiedade que atrapalhem a sua vida cotidiana, você deve marcar uma consulta com um psiquiatra, que conduzirá uma conversa com você a fim de entender os seus sintomas e há quanto tempo eles vêm afetando você.
Dessa forma, ele consegue indicar quais são as melhores opções de tratamento para você, desde medicamentos para controle de ansiedade aguda e a longo prazo, até atitudes e comportamentos precisarão de mudança – que poderão contar com a ajuda da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).
O tratamento medicamentoso da ansiedade com antidepressivos ansiolíticos é de longo prazo e pode trazer alguns efeitos colaterais leves, como um pouco de náusea e até aumento da ansiedade momentânea, mas que após cerca de duas semanas, deixam de ocorrer. Assim, os efeitos positivos são mais sentidos e o tratamento torna-se realmente eficaz. Esse processo de adaptação leva de 2 a 4 semanas.
Existem alguns medicamentos que podem ser indicados em casos agudos, que proporcionam um alívio imediato para a ansiedade, como o efeito de um analgésico para a dor. No entanto, seu uso deve ser moderado, não ultrapassando 2 meses. Justamente por isso, o acompanhamento médico deve sempre existir.
A Terapia Cognitivo-Comportamental aborda nossos pensamentos e atitudes frente a determinadas situações. Com isso, ela permite que estes aspectos sejam modificados, para reagirmos de forma diferente a situações que antes poderiam ser ansiolíticas. O trabalho da TCC é a longo prazo e exige comprometimento do paciente para o sucesso, bem como qualquer outro tratamento de saúde.
A ansiedade quando não tratada ou negligenciada pode prejudicar seriamente a vida do indivíduo nos aspectos profissionais, acadêmicos, sociais e até sexuais.
Evitar encontros, contatos com os amigos, jantares e conhecer novas pessoas são alguns dos prejuízos sociais que podem ser causados pela ansiedade. Pela preocupação com a crítica ou o simples medo da interação, ela pode inventar desculpas e acabar se isolando, prejudicando demais suas relações que são fundamentais para a manutenção da sua saúde mental.
A manutenção do emprego pode ser tornar um desafio para uma pessoa com ansiedade, pois ela pode apresentar problemas com cumprimento de prazos, entregas e cobranças, sentindo-se paralisada por essas convenções. A falta de foco, distração e preocupação exagerada também prejudicam muito o desempenho profissional. Além disso, as reuniões, encontros com os colegas e até os happy hours podem ser evitados, dificultando o entrosamento com a equipe, networking e seu desenvolvimento.
A ansiedade também é uma das principais causas de ejaculação precoce ou disfunção erétil e também pode impactar na falta de interesse pelas atividades sexuais. Isso, pois a mente do indivíduo não vive o momento e pode estar preocupada com o seu desempenho ou até mesmo com outros assuntos, impactando diretamente nessa área.
De modo geral, os prejuízos causados pela ansiedade sempre estão relacionados pela fuga e evitação de determinadas situações, principalmente pelo medo gerado por elas.
Geralmente, a ansiedade está relacionada à incapacidade de realização de tarefas que, muitas vezes, tomam uma proporção muito maior do que realmente possuem. Logo, organizar o pensamento em uma lista de afazeres e prioridades pode ser um bom exercício.
Se você tem enfrentado problemas para dormir justamente por pensar no que fazer ou acorda de madrugada cheio de coisas na cabeça, aproveite esse momento para fazer a sua lista para o dia seguinte. Pode ser um bom exercício para controle da ansiedade.
O contato social tem, comprovadamente, um impacto importante no controle da ansiedade. Por isso, estar no meio de pessoas e movimentos, colocando a mente e o corpo em atividade pode ser um bom exercício. Experimente realizar um curso ou alguma atividade que tenham mais pessoas. Dessa forma, o contato social será uma consequência e não o objetivo final.
Em tempos de pandemia e de contato social restrito, essas atividades podem ser feitas de modo remoto, online. Também é importante manter o contato com seus amigos via mensagens ou videochamadas.
A ansiedade caracteriza-se por uma desconexão do agora, da realidade, por transformar os problemas em coisas muito maiores do que eles realmente são. Portanto, atividades que ajudem na integração da mente com o corpo têm um efeito bem positivo no controle da ansiedade, pois elas ajudam a diminuir o excesso de atividade do plano mental, trazendo-o para o físico.
Nisto, incluem-se atividades físicas, meditação, yoga, pilates e atividades de mindfulness. Procure prestar atenção na sua respiração e dedique-se inteiramente às atividades simples que executa, sem querer ser multitarefas. Você pode até fazer um exercício durante o banho: sinta a sensação da água aquecida no seu corpo, a textura do sabonete e do shampoo, os aromas do banho e assim por diante. Quando sentir que a sua mente quer voar, puxe-a para o agora.
Dificuldades para dormir ou um sono subaproveitado são realidades bastante comuns em quem tem ansiedade. Um sono de qualidade tem um papel importante na saúde física e mental, ajudando, inclusive, no próprio controle da ansiedade.
Mudar os hábitos de sono vai ajudar você a dormir melhor e acordar com aquela sensação de descanso em vez de acordar cansado. Para isso, coloque em prática algumas das premissas da higiene do sono, tanto para melhorar o tempo quanto a qualidade do sono – ambos fatores importantíssimos. Não olhar telas por pelo menos meia hora antes de dormir, fazer refeições leves e utilizar a cama apenas para dormir e ter relações sexuais são algumas dessas premissas.
Como falamos bem no começo, a ansiedade é o mal do século e está cada vez mais comum. Por isso, observe-se a fim de identificar os sintomas e gatilhos, para que seja possível modificar alguns hábitos para conseguir viver melhor.
E nunca se esqueça que muitas vezes precisamos de ajuda médica para tratar esse problema. Assim, você pode retomar pouco a pouco o seu bem-estar, certo? Conte com a gente se precisar!
Você se preocupa com a sua saúde, vida financeira ou com a sua família? Quem não, certo? Essas são preocupações comuns com as quais lidamos no dia a dia.
Mas, se você se encontra constantemente e excessivamente preocupado com tudo e todos, mesmo que não existam motivos, isso pode ser um alerta vermelho para o Transtorno de Ansiedade Generalizada!
Pessoas com esta condição, geralmente reconhecem o seu “excesso de preocupação”, entretanto não têm controle sobre a situação ou ansiedade que ela gera. Se esses episódios se tornam constantes, a chance é que este transtorno interfira em situações simples cotidianas.
O Transtorno de Ansiedade Generalizada é um dos tipos mais comuns de ansiedade, diferenciando-se em alguns aspectos da fobia. Pessoas que sofrem com fobias em geral sentem medo de algo em particular, como aranhas, falar em público etc., já o Transtorno de Ansiedade Generalizada faz com que uma sensação de desconforto exista em relação a tudo, podendo estar associada a sentimentos como medo e preocupação constante.
Podemos citar um pequeno exemplo: se você mandou mensagem para um amigo e ele não o responde em pelo menos uma hora, isso já é um motivo para que você se preocupe e imagine que algo ruim esteja acontecendo, desde ideias mais simples, como o amigo estar chateado com você ou até coisas piores como um acidente de carro. Mas, vale ressaltar que os sentimentos que a ansiedade generalizada causa são diferentes daqueles que ocorrem em um ataque de pânico, ou seja, eles são mais ocasionais.
Por ser permanente, um dos resultados do transtorno é que a pessoa perde a habilidade de relaxar, o que às vezes pode ser mais debilitante do que uma fobia específica, já que neste caso muitas vezes a pessoa é capaz de optar por evitar o que desencadeia o medo. Mas, no Transtorno de Ansiedade Generalizada não existe o botão “desligar”, você permanece em um estado constante de preocupação e não pode evitá-la.
A Ansiedade Generalizada causa desordens mentais e físicas. Se você sofre com está condição, é possível que você esteja também experimentando alguns dos sinais e sintomas abaixo:
Sintomas físicos:
Somente um médico psiquiatra pode diagnosticar o Transtorno de Ansiedade Generalizada a partir de uma investigação detalhada, que envolve exames físicos, assim como análises da saúde mental. Para isso, na consulta você deve dizer tudo o que te aflige mentalmente e até mesmo os sintomas físicos que costuma sentir.
O médico também questionará por quanto tempo você tem sentido preocupação excessiva e ansiedade, se há dificuldade em controlar sua ansiedade, como ela tem interferido na sua vida e sobre todos os sinais anormais que você ocasionalmente sente.
Como nos outros transtornos de ansiedade, o tratamento por meio de medicação e terapia são as opções mais comuns. Associadamente, também é recomendável que a adoção de alguns bons hábitos seja feita, como exercícios físicos diários, alimentação balanceada, utilização de métodos que aliviam o estresse como yoga ou meditação e limitação do uso de substâncias que contenham cafeína.
Também conhecida como ataque de pânico, a crise é caracterizada por um momento em que os sintomas de ansiedade se manifestam de forma acentuada e súbita, com sintomas físicos importantes acompanhados de medo e preocupação intensas. Esses sintomas estão vinculados à ativação do nosso sistema nervoso simpático, também conhecido como o sistema de reação de luta ou fuga.
Como esses sintomas costumam surgir sem motivo aparente, eles tendem a assustar o indivíduo que pode facilmente confundir os sintomas com algo orgânico, como um infarto.
Os sintomas, portanto, incluem:
Não existe uma única causa que leva as pessoas a sofrer de crises de ansiedade. Geralmente, essas crises acometem pessoas que vivenciaram traumas psicológicos ou enfrentam no momento em questão alguma situação de estresse importante. Entretanto, aspectos genéticos também podem influenciar.
Vale ressaltar que os motivos ou “gatilhos” das crises variam de pessoa para pessoa, e a identificação dos mesmos é de profunda importância para um tratamento e controle adequado.
Existem algumas medidas que você pode tomar na vigência da crise como forma de controlá-la. Seguem algumas dicas:
Essas técnicas são boas opções na vigência da crise de ansiedade. Entretanto, a melhor forma de tratamento e garantia de que essas crises não se tornarão algo crônico, é o tratamento psicológico e/ou psiquiátrico. A longo prazo, a prática regular de atividades físicas e o cuidado com a saúde física, como a redução no consumo de álcool e drogas e uma alimentação saudável, também têm impacto importante sobre a saúde mental e a prevenção da ansiedade exacerbada.
A avaliação médica também é fundamental para que o diagnóstico correto seja feito e para que outros possíveis transtornos associados sejam descartados, como depressão e transtorno de ansiedade generalizada.
Você se sente ansioso às vezes? Não deixe essa tensão se transformar em um problema maior na sua vida. Não hesite em buscar ajuda. Você pode marcar uma consulta online através do nosso site. Basta clicar aqui. Conte conosco!
Um dos transtornos de ansiedade mais comuns é a síndrome do pânico. Ela é caracterizada pela ocorrência repentina de crises de ansiedade aguda, acompanhada da sensação de medo e desespero. Qualquer pessoa que já teve episódios assim afirma que a experiência é marcante.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o transtorno atinge entre 2% e 4% da população brasileira. No entanto, ainda há muitas dúvidas sobre o que caracteriza, em si, o transtorno de pânico. Muitas vezes a palavra é utilizada, erroneamente, como sinônimo de uma angústia, preocupação ou susto.
Entenda aqui, o que caracteriza a síndrome do pânico, como identificá-la e quais são as formas de tratamento.
A síndrome de pânico, também chamada de transtorno do pânico, caracteriza-se por crises de medo e pânico inesperadas, associadas a sintomas físicos, como náuseas, suor e taquicardia e emocionais, como sensação de morte iminente e desespero incontrolável, sem causa aparente. Quando as crises são recorrentes, as implicações na vida da pessoa podem ser inúmeras, causando um desconforto incalculável.
Algumas situações específicas podem causar os ‘gatilhos’ que geram a síndrome do pânico. Isso faz com que a pessoa evite tais situações com medo de que a crise seja desencadeada. Logo, começa a existir uma restrição de determinados atos e situações pela própria pessoa e que, muitas vezes, acaba isolando-se para evitá-las, gerando um medo exacerbado. É justamente esse excesso que caracteriza a síndrome do pânico.
Não há uma causa única conhecida para a síndrome do pânico. Acredita-se que se trata de uma combinação de fatores associada a predisposição genética de cada um, estresse acentuado, uso abusivo de alguns tipos de medicamentos, consumo de drogas e álcool.
O diagnóstico do transtorno ou da síndrome do pânico é um diagnóstico clínico, realizado pelo psiquiatra após a anamnese (conversa entre o médico e o paciente) e o exame físico.
Por definição, para se fazer um diagnóstico do transtorno ou síndrome de pânico, o indivíduo precisa apresentar um ataque de pânico inesperado ao longo da vida, acompanhado por pelo menos 1 mês de recorrência desse ataque ou suas consequências. Por conta disso, é comum que as pessoas que sofrem desse transtorno desenvolvam “medidas de segurança” para evitar novos ataques, como evitar atividades sociais ou locais públicos, por exemplo. Da mesma forma, pessoas que sofrem de transtorno ou síndrome do pânico, frequentemente sofrem também de agorafobia, que é justamente o medo excessivo e o evitamento de lugares ou situações que lhes possam causar pânico.
A síndrome geralmente se desenvolve por volta dos 20 anos de idade, com as maiores taxas entre 30 e 39 anos. Quando se desenvolve na adolescência, a síndrome do pânico aumenta o risco de desenvolvimento de outros transtornos psiquiátricos na vida adulta.
Além disso, sua incidência é de 2 a 3 vezes maior nas mulheres do que nos homens. O tabagismo costuma estar associado ao desenvolvimento mais precoce da doença e, em cerca de 30% dos casos, a síndrome do pânico está associada ao transtorno depressivo.
A frequência dos ataques de pânico pode ser muito variável e tende a diminuir com o avançar da idade, mas quando ocorrem, apresentam duas características importantes para a sua definição:
Por mais que os ataques de pânico sejam comuns em diversos tipos de fobias ou transtornos de ansiedade, eles não constituem, necessariamente, um diagnóstico de transtorno ou síndrome do pânico. A maior diferença nesses outros diagnósticos está na forma em que esses ataques iniciam, sem uma exposição direta a situações de medo e sem serem sucedidos por ações e pensamentos que visam evitar novas crises.
Como descrito anteriormente, o ataque de pânico desencadeado na síndrome do pânico, apresenta sintomas físicos e emocionais. Os sintomas físicos podem assemelhar-se a um infarto, incluindo:
Já entre os sintomas emocionais, temos:
São diversos os medicamentos que podem auxiliar no tratamento do transtorno do pânico, sempre aliados a um acompanhamento psiquiátrico e à terapia cognitivo comportamental. Por isso, é fundamental que o paciente que sofre de ataques de pânico seja devidamente avaliado e acompanhado por um psiquiatra que possa indicar o melhor tratamento para cada caso, para que haja mais eficiência na resolução.
Após a interrupção do tratamento farmacológico, a continuidade do acompanhamento psiquiátrico é fundamental para a prevenção de recaídas.
Se você sente que sofre ou já sofreu uma crise de pânico ou qualquer outra sensação constante de mal estar emocional, procure ajuda psiquiátrica para tratar o seu caso antes que haja a evolução e dificulte o tratamento. Estamos aqui para ajudar você! Basta clicar aqui e chamar a gente para marcar uma consulta.
Se você possui medo constante do julgamento dos outros, de interações sociais, de ser apresentado para alguém novo ou até mesmo de entrar numa sala onde as pessoas já estão sentadas, você pode sofrer de ansiedade social.
Todo ano são diagnosticados cerca de 150 mil novos casos de ansiedade social. Este número, no entanto, poderia ser bem maior, tendo em vista que muitas pessoas associam o seu estado de inibição social ou nervosismo em determinadas situações como algo de personalidade e não um problema que merece atenção.
A ansiedade social, também chamada de fobia social, é caracterizada pelo medo excessivo ou nervosismo em situações sociais comuns, em que a pessoa fica sempre receosa em estar sendo julgada, fazer algo que possa ser visto com maus olhos ou sente que está sendo criticada ou avaliada negativamente.
Isso ocorre geralmente devido à baixa autoestima e outros problemas sociais que às vezes são confundidos com timidez, por exemplo. O ponto é que, qualquer reação que seja incapacitante, no caso a ansiedade social é, deve ser observada com atenção, pois tende a prejudicar fortemente a vida cotidiana do indivíduo.
Tanto que pessoas com ansiedade social muitas vezes costumam evitar situações de interação social apenas para não precisar enfrentá-las, o que as fazem não ir ao happy hour com o pessoal do trabalho e aprofundar suas relações ou até mesmo não apresentar um projeto importante ou comparecer a uma entrevista de emprego, por exemplo. Com isso, uma série de decepções e frustrações em sequência podem aparecer.
Inclusive, geralmente as pessoas com ansiedade social são extremamente competentes e com um desempenho acima da média em muitas tarefas, mas a restrição social imposta a elas pela ansiedade social as faz perder grandes oportunidades profissionais e de relacionamento.
A ansiedade social desencadeia uma série de sintomas emocionais e também alguns físicos. Em alguns casos, inclusive, ela pode levar a ataques de pânico ou ao desenvolvimento de outros transtornos como a depressão. Por isso, é preciso estar atento para buscar ajuda logo nos primeiros sinais.
Entre os sintomas mais comuns da ansiedade social, estão:
Eles aparecem sempre que a pessoa se sente confrontada por uma situação social como as descritas anteriormente.
Nos sentirmos ansiosos ou nervosos em algumas situações é completamente normal. Antes de uma entrevista de emprego ou de uma apresentação importante, é normal que fiquemos preocupados. Até mesmo porque nos preparamos bastante para aquela situação e esperamos um resultado daquilo.
No entanto, para algumas pessoas, isso é comparado a andar nu em público, gerando desconforto extremo e uma vontade exacerbada de fuga, sendo que algumas, inclusive, não conseguem ir a tais eventos ou realizá-los até o fim.
Pessoas tímidas não gostam de ser o centro das atenções e evitam muitas situações ou interações sociais. Isso pode ser um traço de personalidade, do mesmo modo que existem pessoas extrovertidas que são extremamente sociáveis. O ponto para detectar a ansiedade social nesse caso é a intensidade dos sintomas e a quantidade de vezes que eles se repetem. Da mesma forma, pensar o quanto essa timidez tem lhe prejudicado em seus objetivos e planos.
Se você sente que evita demais situações sociais e o principal motivador disso é o medo das interações, já há um sinal de alerta. Existem pessoas que são mais ‘na sua’, que consideram-se mais tranquilas, por exemplo, e tudo bem. Mas quando existe um movimento de fuga é caracteriza-se um possível problema com ansiedade social.
Portanto, você deve procurar ajuda para um possível diagnóstico e tratamento da ansiedade social quando sente que a evitação de interações sociais lhe prejudicam na sua vida cotidiana ou lhe causam angústia e desconforto, fazendo-lhe isolar-se do mundo social.
Um bom exercício é olhar para o último ano e lembrar das situações que você evitou apenas por medo e insegurança. Quantas delas apareceram? Qual era o seu sentimento no momento? Como você reagiu quando em contato com pessoas desconhecidas? O que você deixou de fazer, onde deixou de ir e que oportunidades pode ter perdido apenas por querer evitar conversas, contatos e o desconhecido. Se for relevante e isso lhe incomoda, procure um psiquiatra ou um psicoterapeuta para orientação.
Dependendo do seu caso, o profissional da saúde mental indicará o que deve ser feito e você verá, pouco a pouco, suas interações sociais melhorarem e um novo mundo de descobertas florescerem. Lembre-se sempre: se te faz mal e traz angústia, é preciso prestar atenção, identificar e entender para lidar, combinado?
A depressão e a ansiedade atingem milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Quem é diagnosticado com algum desses transtornos, já enfrenta a luta diária para manter o seu bem-estar e o apoio dos familiares neste momento é muito importante.
Infelizmente, no entanto, muitos familiares e pessoas próximas não sabem lidar com pessoas com depressão e ansiedade, por mais bem intencionados que sejam. Por isso, vamos abordar alguns pontos interessantes para que esse apoio seja encontrado nesse momento tão angustiante.
Cada pessoa tem uma visão de mundo, moldado aos seus valores e crenças. Quando uma pessoa é acometida por um transtorno mental, essa visão modifica-se, como se ficasse turva e muitas vezes irreconhecível ao próprio acometido.
É preciso entender que um familiar ou amigo com depressão ou ansiedade enxerga o mundo de uma forma diferente que a sua e também diferente do modo com o qual ele mesmo enxergava antes.
Modificações no humor, seja com tristeza ou mau-humor no caso da depressão ou apreensão e angústia no caso da ansiedade; falta de interesse por atividades que antes davam prazer; modificações de uma série de hábitos como sono e alimentação, são alguns dos sintomas das pessoas que enfrentam esses transtornos.
Tudo sobre depressão: causa, sintomas, tratamento e o que fazer
Ter um familiar com depressão ou ansiedade é um verdadeiro desafio e duas reações opostas são muito comuns: a de superproteção e a de desistência.
Caracterizamos a superproteção quando o familiar quer assumir as rédeas do tratamento da pessoa com depressão ou ansiedade, tentando fazer de tudo, com algumas recomendações e também a seu modo para tentar evitar o sofrimento do ente querido. Quando isso acontece, a capacidade de reação do próprio indivíduo em relação ao tratamento pode ficar comprometida, tornando mais difícil a superação do transtorno.
Por outro lado, a desistência também pode surgir. Quando ela ocorre, o familiar sente que já fez de tudo o que era possível e que não tem mais jeito, acaba perdendo a paciência por sentir inércia em relação ao acometido. Com isso, o apoio àquele paciente vai sendo deixado de lado, o que também dificulta o processo de tratamento da doença.
Manter o equilíbrio entre esses dois pontos é fundamental para lidar com o familiar com depressão e ansiedade, pois ele precisa de apoio e monitoramento, ao mesmo tempo que precisa sentir que ele é livre e forte para dar os próprios passos quando quiser e chegar o momento.
Se você perceber que está perdendo esse ‘caminho do meio’, busque ajuda para conseguir ajudar essa pessoa. Se ficar pesado demais para você, delegue ou divida a responsabilidade com outro familiar com melhores condições.
Não existe uma receita pronta para lidar com familiares com depressão ou ansiedade, mas existem caminhos que precisam ser trilhados para que a ajuda seja efetiva no sucesso do tratamento da pessoa que você ama.
Primeiramente, você precisa informar-se bastante sobre o transtorno mental que o seu familiar está enfrentando. Leia, escute podcasts, veja vídeos no YouTube e converse com o psiquiatra ou psicólogo do seu familiar para entender como que aquela doença acomete o seu familiar. Lembre-se: sempre de fontes confiáveis.
Como já dito anteriormente, não é difícil que os familiares queiram tomar as rédeas e comandar uma série de ações durante o tratamento. Entretanto, ouça, de coração aberto, sem juízo de valor. O seu familiar já se culpa e se sente angustiado o suficiente em não conseguir resolver sozinho aquela situação: seja o apoio e não o contrário, deixe que ele tenha voz.
A pessoa com depressão e ansiedade sente-se paralisada e não tem energia e disposição o suficiente para realizar atividades simples. Você pode ajudá-la de forma ativa, sugerindo no que você pode ajudá-la e sendo proativo. O famoso ‘se precisar, estou aqui’, não funciona muito bem nesses casos, seja ativo.
Isso, é claro, sem ser superprotetor: você vai colaborar com o seu familiar e não fazer tudo para ele, afinal, você quer ajudar a pessoa a sair da posição em que está para que depois ela consiga, por si só, seguir normalmente sua rotina e planos.
Lembre-se sempre que o seu familiar está enfrentando uma depressão ou ansiedade e isso não faz parte da personalidade dela. Não o julgue nem o culpe pelo estado que a pessoa se encontra, isso será pior para a pessoa e também para você.
Resgatando o que falamos no final do tópico anterior, se sentir que está pesado demais, busque ajuda! Muitas vezes, quem está lidando com um familiar que está enfrentando depressão ou ansiedade, acaba evoluindo muito no seu próprio lado pessoal, justamente pois busca ajuda e meios para auxiliar o ente acometido. Esse processo pode ser difícil e doloroso, mas é um florescimento seu e de quem você ama e está ajudando.
Se você está lendo este texto, é porque está justamente procurando a melhor forma para lidar com seu familiar com depressão ou ansiedade para ajudá-lo da melhor forma possível. Esse é um ato extremamente nobre e estamos orgulhosos de você. Ajudar quem está em dificuldade pode ser muitas vezes puxado, mas é gratificante e nos faz sentir ainda mais humanos.
Lembre-se também de você e do seu autocuidado, recordando sempre que você também é um ser que tem necessidades, angústias e tristezas. Seja forte, mas saiba quando pedir ajuda também.
E para encerrar, trago uma Live que eu fiz no dia 10 de julho sobre como lidar com familiares com depressão e ansiedade. Confira o conteúdo aqui.
E se precisar, conte com a gente.
O psiquiatra é o médico que para tratar a ansiedade e seus sintomas. O clínico geral também pode ser uma figura-chave para a detecção do transtorno e o psicólogo colabora com o tratamento. Entenda como cada um contribui e saiba quem procurar primeiro.
Certos momentos em que nos sentimos sob forte pressão ou estresse, os sintomas de ansiedade podem surgir.
Ficamos apreensivos, em estado de alerta e preparados para fugir. Com isso, algumas reações fisiológicas surgem, como respiração e batimentos cardíacos acelerados acontecem. Inquietude, irritabilidade e tensão também se apresentam.
Todo ser humano sente esses sintomas de ansiedade em certos momentos da sua vida. Mas quando começa a ocorrer com frequência, tende a prejudicar a vida cotidiana do indivíduo, pois gera um sentimento de paralisação. Ou seja, a pessoa não consegue desempenhar suas atividades por conta desse estado emocional. É aí que ela precisa saber qual médico trata ansiedade para conseguir a ajuda certa.
Mas antes, vamos relembrar os sintomas da ansiedade.
Como dito logo no começo, os sintomas da ansiedade atingem diferentes partes do corpo e são divididos em 4 grupos:
O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), faz com que o indivíduo apresente esses sintomas quase que diariamente, com reações ainda mais exageradas nas chamadas crises de ansiedade e é quando ela precisa de ajuda médica.
Ansiedade: tudo sobre o novo mal do século
Muitas vezes, como alguns desses sintomas são físicos, as pessoas recorrem a clínicos gerais ou cardiologistas, achando que há alguma coisa errada com seu coração.
Inclusive, em meio a pandemia, muitas pessoas achavam estar com COVID-19 por apresentaram falta de ar, mas eram sintomas de ansiedade.
Veja também:
O psiquiatra é o médico especialista em transtornos mentais e que pode tratar a ansiedade e todos os transtornos relacionados a ela. Esse profissional, além de ter formação em medicina, realiza residência mínima de 3 anos na área de transtornos mentais.
No entanto, qualquer médico pode reconhecer sinais do transtorno em exames de rotina ou queixas do paciente. É aí que entra o Clínico Geral, como uma figura de orientação à busca de ajuda. Ou seja, o Clínico, ao perceber esses sinais, deve encaminhá-lo ao psiquiatra para o tratamento adequado da ansiedade.
Somente o médico psiquiatra pode diagnosticar se a sua ansiedade é fruto de algum outro transtorno mental oriundo de algum evento ou condição específica, se está em um nível dentro do aceitável ou se você sofre de Transtorno de Ansiedade Generalizada – TAG.
Junto ao psiquiatra, vem a figura do psicólogo, que pode tratar a ansiedade do paciente em concomitância com o psiquiatra.
Se você sentir sintomas de ansiedade e não sabe qual médico procurar, pode sim contar com a ajuda de um psicólogo. Ele vai saber se a sua ansiedade pode ser tratada apenas através de psicoterapia (geralmente Terapia Cognitivo-Comportamental – TCC) ou se precisará de ajuda medicamentosa (antidepressivos ansiolíticos ou benzodiazepínicos em caso de ansiedade aguda), encaminhando para o psiquiatra.
O tratamento através de medicamentos da ansiedade, realizado somente com o psiquiatra, é de longo prazo e geralmente é recomendado junto à psicoterapia para um tratamento eficaz.
Como você viu, para tratar a ansiedade, geralmente o psiquiatra e o psicólogo trabalham juntos a fim de garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente, pois o objetivo principal é fazer com que a pessoa consiga superar a situação e lidar sozinha com a ansiedade.
Justamente por isso, essa ajuda desses profissionais também precisa da colaboração do paciente, que deve ir regularmente às consultas enquanto precisa e realizar o tratamento conforme orientação.
E se você precisa dessa ajuda, estamos aqui!
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