Durante e após a pandemia do Covid-19, a atenção aos aspectos da saúde mental precisou – e ainda precisa – ser repensada e intensificada. Afinal, tanto homens quanto mulheres tiveram um aumento significativo da ansiedade e da depressão, em grande parte decorrentes do medo e da angústia do momento, envolvendo a própria saúde, a saúde dos entes queridos, o trabalho, dentre outras razões.
Uma pesquisa realizada no Brasil pelo Instituto FSB feita a pedido da companhia seguradora SulAmérica, e divulgada no final de 2021, mostrou que no ano passado os cinco sintomas ou sentimentos que mais afetaram as pessoas em todo o país foram: ansiedade, alteração do humor, insônia, dor de cabeça e frustração.
Os resultados desta pesquisa, demonstraram que 62% das brasileiras afirmaram que sua saúde emocional piorou, ou piorou muito, durante a pandemia. Entre os homens, o índice dos que se disseram mais abalados com a experiência foi de 43%.
Diferenças entre os desafios de homens e mulheres
As mulheres sofrem com a desigualdade de gênero, desde a falta de equidade no mercado de trabalho, passando pela divisão das tarefas domésticas e da criação dos filhos, até os preconceitos e a cobrança quanto à sua capacidade. O impacto na saúde mental é, de fato, muito grande.
Para os homens, as circunstâncias da atualidade acabam trazendo uma grande carga emocional. Ideias como não ter condições de prover a família em caso de desemprego, as comparações constantes e a pressão para que sejam bem-sucedidos podem provocar sofrimento e desmotivação. Até mesmo no caso da descoberta de doenças, o homem costuma perder muito tempo guardando as informações sobre a sua doença para si, privando-se do apoio de familiares e de amigos.
Mudanças de papeis sociais
Assim como a mulher, que precisa dividir sua rotina entre a família, o trabalho e os afazeres sociais e pessoais, o homem também vem tendo que lidar com estas questões no seu cotidiano de forma mais intensa. À medida em que as mulheres passaram a trabalhar fora de casa, os homens precisaram estar mais presentes no ambiente doméstico, o que exige deles sensibilidade e cuidado na relação com os filhos, além de preparo emocional para educá-los. Atualmente os homens têm o desafio de aceitar que seu gênero não é mais, necessariamente, sinônimo de sustento e proteção. As mulheres, por outro lado, enfrentam uma sobrecarga, ao ter que lidar com o trabalho doméstico, a carreira profissional, os estudos, a maternidade, os relacionamentos, a saúde física e mental, os cuidados com a família, dentre outros.
Cuidados necessários com a saúde mental de homens e mulheres
Por muito tempo, a saúde mental significou, para muitos, somente a ausência de qualquer doença. O cuidado contínuo e a prevenção ainda precisam ser levados em consideração, pois muitas pessoas em sofrimento mental não procuram ajuda especializada de imediato, por preconceito ou desconhecimento. Isto significa que falta conscientização sobre a importância do diagnóstico o mais precocemente possível, para se obter melhores resultados.
Outros fatores como uma qualidade de vida saudável, evitando hábitos nocivos (como o uso excessivo de álcool, de tabaco), uma boa alimentação e atividades físicas no dia a dia, são fundamentais. De uma forma geral, as recomendações para o cuidado com a saúde mental de homens e mulheres são as mesmas:
– Cuidar da autoestima;
– Desenvolver resiliência emocional, de forma a ser capaz de contornar situações adversas;
– Pensar de maneira positiva;
– Desenvolver habilidades de gerenciamento do estresse e desenvolvimento do autocontrole;
– Realizar atividades físicas regularmente;
– Dormir bem;
– Reservar um tempo para o autocuidado e para o lazer;
– Buscar a realização pessoal e profissional;
– Afastar-se de relacionamentos tóxicos e abusivos;
– Ter apoio da família;
– Buscar ajuda, se necessário, com profissionais capacitados como psiquiatras e psicólogos.
É importante que se perceba quando se está passando por um sofrimento mental, para se procurar apoio adequado. Todos nós devemos ampliar nossos conhecimentos a respeito deste tema, criando oportunidades de diálogo com as pessoas próximas.
O apoio psicológico permitirá a expressão e a investigação das causas dos problemas e ansiedades, procurando encontrar soluções para o mal-estar e o sofrimento. Já o psiquiatra atuará no diagnóstico e no tratamento dos transtornos mentais: depressão, ansiedade, e outros mais delicados como as psicoses e algumas síndromes.
Caso sinta necessidade, entre em contato conosco. O Instituto de Psiquiatria Paulista possui experiência em todos os aspectos da saúde mental. Para agendar uma consulta, acesse a página inicial do nosso site e realize seu agendamento por telefone ou WhatsApp.